Antes de mudar a cara deste blog, debati-me sobre a sua utilidade. Numa era em que uma imagem vale mesmo mais do que mil palavras, voltei a questionar-me pela 3387º vez na minha existência, se alguém vai querer ler aquilo que escrevo. Não estou inteiramente de acordo com a célebre afirmação citada em cima, apesar de fazer parte desta geração, cujo sentido mais apurado, parece ser, a visão. E até acredito que o tenho bastante apurado. Uma sala inóspita não me traz conforto, e tenho vindo a concluir que o meu cérebro é altamente estimulado por cores, texturas e imagens aprazíveis. Mas não quero tornar este texto numa enfadonha ode aos sentidos, muito menos quando parece que estou a menosprezar todos os outros. Desenganem-se, não imagino o mundo sem música, ou sem o cheiro do perfume do Tomás. Quero que seja uma ode exatamente ao que ele é. Um texto. Uma carta de amor, à própria carta.
Escrever sempre fez parte da minha vida e continua a fazer. Para mim, o copy de um post no Instagram é (quase) tão importante quanto a imagem. E foi isso, na verdade, que me trouxe até aqui há 6 anos atrás. A vontade de escrever, de comunicar. Afinal, esta sempre me pareceu a melhor forma de me conectar com o mundo. Os pensamentos fluem a outro ritmo e as ideias são mais claras. É curioso, porque teoricamente sou a epítome de um millennial, e na verdade, na prática não estou muito longe disso. Sinto-me perfeitamente integrada e grata, por poder ter este trabalho. Mas há uma outra versão de mim, que escreve cartas aos sentidos e vive algures noutro século. Não sei ser só uma, faltava-me esta. Por isso! Estou de volta e tenho histórias para contar.
welcome back! i’ve missed your updates. some of us still value written blogs.
Xx http://theactivespirit.com/
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